História

Tradicionalmente, o pai da matemática grega pode-se dizer que foi Tales de Mileto, um mercador que visitou a Babilónia e o Egipto na primeira metade do século VI a.C. A sua figura é lendária, mas encerra algo de eminentemente real. Ela simboliza as circunstâncias sob as quais foram estabelecidos os fundamentos não só da nova matemática, mas também da ciência e da filosofia modernas.
Os primeiros estudos de matemática grega tinham um objectivo principal: compreender o lugar do homem no universo de acordo com um esquema racional. A matemática ajudava a encontrar a ordem no caos, a ordenar as ideias em sequências lógicas, a encontrar princípios.
Infelizmente, não existem fontes que nos possam dar um panorama do desenvolvimento inicial da matemática grega. Os códices existentes provêm da era cristã e islâmica e são apenas escassamente completados por notas de papiros egípcios um pouco mais antigos.
Para nos informarmos sobre os anos de formação da matemática grega temos de reler inteiramente pequenos fragmentos transmitidos por autores mais recentes e observações dispersas de filósofos e de outros que não eram autores estritamente matemáticos.
Nos tempos de Alexandria, ou talvez antes, apareceu um método de escrita de números que foi utilizado durante quinze séculos, não só por cientistas, mas também por mercadores e administradores. Usavam os sucessivos símbolos do alfabeto grego para exprimir, primeiro, os nossos símbolos 1, 2, ..., 9, depois, as dezenas de 10 a 90 e, finalmente, as centenas de 100 a 900. Três letras arcaicas extra, (V - digamma, - koppa, - sampi ), eram acrescentadas ás 24 letras do alfabeto grego, para que se obtivessem os 27 símbolos necessários. Com a ajuda deste sistema, qualquer número menor que 1000 podia ser escrito com três símbolos no máximo.
A representação dos números era feita da seguinte forma:
a =1 i =10 r =100
b =2 k =20 s =200
g =3 l =30 t =300
d =4 m =40 u =400
e =5 n =50 f =500
V =6 x =60 c =600
z =7 o =70 y =700
h =8 p =80 w =800
q =9 =90 =900
Alguns exemplos:
14 em numeração grega escreve-se i d (10+4);
283 em numeração grega escreve-se s p g (200+80+3);
754 em numeração grega escreve-se y n d (700+50+4);

Para representar milhares, até 10.000 exclusive, fazia-se uma marca à esquerda da letra. Por exemplo:
5000 em numeração grega escreve-se ¢e
6751 em numeração grega escreve-se ¢V y n a (6000+700+50+1);
9888 em numeração grega escreve-se ¢q w p h (9000+800+80+8);

Para números superiores ou iguais a 10.000 usava-se a letra M para representar 10 milhares. Vejamos alguns exemplos:
10.000 em numeração grega escreve-se Ma (1*10.000);
20.000 em numeração grega escreve-se Mb (2*10.000);
23.000 em numeração grega escreve-se Mb 'g (2*10.000+3000);
71.750.000 em numeração grega escreve-se M¢ z r o e ((7*1000+100+70+5)*10.000);
Existem testemunhos arqueológicos de que este sistema de numeração era ensinado nas escolas.
Um pouco de prática com este sistema pode convencer-nos de que é possível operar facilmente com as quatro operações elementares, uma vez que o significado dos símbolos esteja bem dominado.
Tem sido argumentado que este sistema alfabético foi prejudicial ao desenvolvimento da álgebra grega, porque o uso de letras para representar os números em geral, tal como fazemos na nossa álgebra actual, pode tornar-se complicado. Esta explicação para a ausência de uma álgebra grega anterior a Diofanto deve ser rejeitada, mesmo que aceitemos a grande importância de uma notação apropriada. Se os autores clássicos estivessem interessados na álgebra, teriam criado um simbolismo apropriado, o qual Diofanto tinha na realidade começado a criar. O problema da álgebra grega só pode ser elucidado através de estudos futuros sobre as relações entre os matemáticos gregos e a álgebra babilónica no conjunto das conexões entre a Grécia e o Oriente.
Postado por hannah montana às 18:58 0 comentários
Números romanos


Algarismos romanos(números romanos)


De todas as civilizações da Antigüidade, a dos romanos foi sem dúvida a mais importante. Seu centro era a cidade de Roma. Desde sua fundação, em 753 a.C., até ser ocupada por povos estrangeiros em 476 d.C., seus habitantes enfrentaram um número incalculável de guerras de todos os tipos. Inicialmente, para se defenderem dos ataques de povos vizinhos; mais tarde nas campanhas de conquistas de novos territórios. Foi assim que, pouco a pouco, os romanos foram conquistando a península Itálica e o restante da Europa, além de uma parte da Ásia e o norte de África.
Apesar de a maioria da população viver na miséria, em Roma havia luxo e muita riqueza, usufruídas por uma minoria rica e poderosa. Roupas luxuosas, comidas finas e festas grandiosas faziam parte do dia-a-dia da elite romana. Foi nesta Roma de miséria e luxo que se desenvolveu e aperfeiçoou o número concreto, que vinha sendo usado desde a época das cavernas. Como foi que os romanos conseguiram isso?
O sistema de numeração romano
Os romanos foram espertos. Eles não inventaram símbolos novos para representar os números; usaram as próprias letras do alfabeto.
I V X L C D M Como será que eles combinaram estes símbolos para formar o seu sistema de numeração? O sistema de numeração romano baseava-se em sete números-chave: I tinha o valor 1. V valia 5. X representava 10 unidades. L indicava 50 unidades. C valia 100. D valia 500. M valia 1.000.
Quando apareciam vários números iguais juntos, os romanos somavam os seus valores.
II = 1 + 1 = 2 XX = 10 + 10 = 20 XXX = 10 + 10 + 10 = 30
Quando dois números diferentes vinham juntos, e o menor vinha antes do maior, subtraíam os seus valores.
IV = 4 porque 5 - 1 = 4 IX = 9 porque 10 – 1 = 9 XC = 90 porque 100 – 10 = 90
Mas se o número maior vinha antes do menor, eles somavam os seus valores.
VI = 6 porque 5 + 1 = 6 XXV = 25 porque 20 + 5 = 25 XXXVI = 36 porque 30 + 5 + 1 = 36 LX = 60 porque 50 + 10 = 60
Ao lermos o cartaz, ficamos sabendo que o exercíto de Roma fez numa certa época MCDV prisioneiros de guerra. Para ler um número como MCDV, veja os cálculos que os romanos faziam:
Em primeiro lugar buscavam a letra de maior valor. M = 1.000
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Como antes de M não tinha nenhuma letra, buscavam a segunda letra de maior valor.
D = 500
Depois tiravam de D o valor da letra que vem antes.
D – C = 500 – 100 = 400