segunda-feira, 23 de maio de 2011

Equações do 1º Grau + Exercicios

EQUAÇÃO DO 1º GRAU


As equações do primeiro grau são aquelas que podem ser representadas sob a forma ax+b=0,em que a e b são constantes reais, com a diferente de 0, e x é a variável. A resolução desse tipo de equação é fundamentada nas propriedades da igualdade descritas a seguir.

Adicionando um mesmo número a ambos os membros de uma equação, ou subtraindo um mesmo número de ambos os membros, a igualdade se mantém.

Dividindo ou multiplicando ambos os membros de uma equação por um mesmo número não-nulo, a igualdade se mantém.

EXEMPLO:

Clique Aqui e faça Exercicos de Equações do 1º Grau

Equações 2º Grau

Introdução às equações algébricas
Equações algébricas são equações nas quais a incógnita x está sujeita a operações algébricas como: adição, subtração, multiplicação, divisão e radiciação.
Exemplos:
  1. a x + b = 0
  2. a x² + bx + c = 0
  3. a x4 + b x² + c = 0
Uma equação algébrica está em sua forma canônica, quando ela pode ser escrita como:
ao xn + a1 xn-1 + ... + an-1 x1 + an = 0
onde n é um número inteiro positivo (número natural). O maior expoente da incógnita em uma equação algébrica é denominado o grau da equação e o coeficiente do termo de mais alto grau é denominado coeficiente do termo dominante.
Exemplo: A equação 4x²+3x+2=0 tem o grau 2 e o coeficiente do termo dominante é 4. Neste caso, dizemos que esta é uma equação do segundo grau.

A fórmula quadrática de Sridhara (Bhaskara)
Mostraremos na sequência como o matemático Sridhara, obteve a Fórmula (conhecida como sendo) de Bhaskara, que é a fórmula geral para a resolução de equações do segundo grau. Um fato curioso é que a Fórmula de Bhaskara não foi descoberta por ele mas pelo matemático hindu Sridhara, pelo menos um século antes da publicação de Bhaskara, fato reconhecido pelo próprio Bhaskara, embora o material construído pelo pioneiro não tenha chegado até nós.
O fundamento usado para obter esta fórmula foi buscar uma forma de reduzir a equação do segundo grau a uma do primeiro grau, através da extração de raízes quadradas de ambos os membros da mesma.
Seja a equação:
a x² + b x + c = 0
com a não nulo e dividindo todos os coeficientes por a, temos:
x² + (b/a) x + c/a = 0
Passando o termo constante para o segundo membro, teremos:
x² + (b/a) x = -c/a
Prosseguindo, faremos com que o lado esquerdo da equação seja um quadrado perfeito e para isto somaremos o quadrado de b/2a a ambos os membros da equação para obter:
x² + (b/a) x + (b/2a)² = -c/a + (b/2a)²
Simplificando ambos os lados da equação, obteremos:
[x+(b/2a)]= (b² - 4ac) / 4a²
Notação: Usaremos a notação R[x] para representar a raiz quadrada de x>0. R[5] representará a raiz quadrada de 5. Esta notação está sendo introduzida aqui para fazer com que a página seja carregada mais rapidamente, pois a linguagem HTML ainda não permite apresentar notações matemáticas na Internet de uma forma fácil.
Extraindo a raiz quadrada de cada membro da equação e lembrando que a raiz quadrada de todo número real não negativo é também não negativa, obteremos duas respostas para a nossa equação:
x + (b/2a) = + R[(b²-4ac) / 4a²]
ou
x + (b/2a) = - R[(b²-4ac) / 4a²]

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Conectivos


Oque é?

   São palavras que ligam a palavra a outra.

Conexões Adversativas

São conexões restritas e comutativas de frases. O conectivo típico é "mas".
  • Arrependeu-se depois, mas ficou feliz com a compra.
  • Ficou feliz com a compra, mas arrependeu-se depois.
  • Conexões Alternativas

    São conexões amplas e comutativas de frases. O conectivo típico dessa classe é "ou".
    Exemplos de Orações Alternativas
    • Aumentamos o preço ou vendemos com prejuízo.
    • Ou aumentamos o preço ou vendemos com prejuízo.
    • Ou vendemos com prejuízo ou aumentamos o preço.
    c) Alternativas
    Expressam ideia de alternância de fatos ou escolha. Normalmente é usada a conjunção "ou". Além dela, empregam-se também os pares: ora...ora, já...já, quer...quer..., seja...seja, etc. Introduzem as orações coordenadas sindéticas alternativas. 
    
    Exemplos:
    Diga agora ou cale-se para sempre. Ora age com calma, ora trata a todos com muita aspereza. Estarei lá, quer você permita, quer você não permita.
    Obs.: nesse último caso, o par "quer...quer" está coordenando entre si duas orações que, na verdade, expressam concessão em relação a "Estarei lá". É como disséssemos: "Embora você não permita, estarei lá".
    Orações Coordenadas Sindéticas Alternativas: ou… ou; ora…ora; quer…quer; seja…seja.
    - Ou uso o protetor solar, ou uso o óleo bronzeador. - Ora sei que carreira seguir, ora penso em várias carreiras diferentes. - Quer eu durma quer eu fique acordado, ficarei no quarto.

    Conexões negativas

    São conexões amplas e comutativas de frases. O conectivo típico dessa classe equivale a "e não".
    • Não viajou e não descansou.
    • Não viajou, nem descansou.
    • Nem viajou, nem descansou.
    • Nem descansou, nem viajou.

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Entrevista


     Entrevista é uma conversação entre duas ou mais pessoas (o entrevistador e o entrevistado) em que perguntas são feitas pelo entrevistador para obter informação do entrevistado. Os repórteres entrevistam as suas fontes para obter destas declarações que validem as informações apuradas ou que relatem situações vividas por personagens. Antes de ir para a rua, o repórter recebe uma pauta que contém informações que o ajudarão a construir a matéria. Além das informações, a pauta sugere o enfoque a ser trabalhado assim como as fontes a serem entrevistadas. Antes da entrevista o repórter costuma reunir o máximo de informações disponíveis sobre o assunto a ser abordado e sobre a pessoa que será entrevistada. Munido deste material, ele formula perguntas que levem o entrevistado a fornecer informações novas e relevantes. O repórter também deve ser perspicaz para perceber se o entrevistado mente ou manipula dados nas suas respostas, facto que costuma acontecer principalmente com as fontes oficiais do tema. Por exemplo, quando o repórter vai entrevistar o presidente de uma instituição pública sobre um problema que está a afectar o fornecimento de serviços à população, ele tende a evitar as perguntas e a querer reverter a resposta para o que considera positivo nainstituição. É importante que o repórter seja insistente. O entrevistador deve conquistar a confiança do entrevistado, mas não tentar dominá-lo, nem ser por ele dominado. Caso contrário, acabará induzindo as respostas ou perdendo a objetividade.
As entrevistas apresentam com frequência alguns sinais de pontuação como o ponto de interrogação, o travessãoaspasreticênciasparêntesee as vezes colchetes, que servem para dar ao leitor maior informações que ele supostamente desconhece. O título da entrevista é um enunciado curto que chama a atençao do leitor e resume a ideia básica da entrevista. Pode estar todo em letra maiúscula e recebe maior destaque dapágina. Na maioria dos casos, apenas as preposições ficam com a letra minúscula. O subtítulo introduz o objetivo principal da entrevista e não vem seguido de ponto final. É um pequeno texto e vem em destaque também. A fotografia do entrevistado aparece normalmente na primeira página da entrevista e pode estar acompanhada por uma frase dita por ele. As frases importantes ditas pelo entrevistado e que aparecem em destaque nas outras páginas da entrevista são chamadas de "olho".
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Oque é Advérbio?


   ADVÉRBIO
    Advérbio é a classe gramatical das palavras que modificam um verbo ou um adjetivo ou um outro advérbio. Nunca modificam um substantivo. É a palavra invariável que indica as circunstâncias em que ocorre a ação verbal.[1]
Apenas os advérbios de intensidade, de lugar e de modo são flexionados, sendo que os demais são todos invariáveis. A única flexão propriamente dita que existe na categoria dos advérbios é a de grau, a saber:
  • Superlativo: aumenta a intensidade. Exemplos: longe - longíssimo, pouco - pouquíssimo, inconstitucionalmente - inconstitucionalissimamente, etc;
  • Diminutivo: diminui a intensidade. Exemplos: perto - pertinho, pouco - pouquinho, devagar - devagarinho, etc.
Os advérbios "bem" e "mal" admitem ainda o grau comparativo de superioridade, respectivamente, "melhor" e "pior".
Existem também as formas analíticas de representar o grau, que não são flexionadas, mas sim, representadas por advérbios de intensidade como "mais", "muito", etc. Nesse caso, existe o grau comparativo (de igualdade, de superioridade, de inferioridade) e o grau superlativo (absoluto e relativo).[2] Também é bom saber que o advérbio tem 3 modos, Indicativo, Imperativo e Subjuntivo.
Indicativo é indicação de fato;
Imperativo é indicação de ordem;
Subjuntivo é indicação de dúvida.
Classificação dos Advérbios
Os advérbios da língua portuguesa são classificados conforme a circunstância que expressam. [3] A Norma Gramatical Brasileira reconhece oito grupos de advérbios: de lugar, de tempo, de modo, de negação, de dúvida, de intensidade, de afirmação e de interrogação.

[editar]1. Advérbios de modo

Assim, bem, mal, acinte (de propósito, deliberadamente), adrede (de caso pensado, de propósito, para esse fim), debalde (inutilmente), depressa, devagar, melhor, pior, bondosamente, generosamente, cuidadosamente e muitos outros terminados em mente.
Locuções adverbiais de Modo
às pressas, às claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos poucos, desse jeito, desse modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado a lado, a pé, de cor, em vão.

[editar]2. Advérbios de lugar

abaixo, acima, adentro, adiante, afora, aí, além, algures (em algum lugar), alhures (em outro lugar), nenhures (em nenhum lugar), ali, aqui, aquém, atrás, cá, dentro, embaixo, externamente, lá, longe, perto.
Locuções Adverbiais de Lugar
a distância, à distância de, de longe, de perto, em cima, à direita, à esquerda, ao lado, em volta, por aqui.

[editar]3. Advérbios de tempo

afinal, agora, amanhã, amiúde (da expressão a miúdo - Repetidas vezes, freqüentemente, a miúdo), ontem, breve, cedo, constantemente, depois, enfim, entrementes (enquanto isso), hoje, imediatamente, jamais, nunca, sempre, outrora, primeiramente, tarde, provisoriamente, sucessivamente, já.
Locuções adverbiais de tempo
às vezes, à tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em quando, de quando em quando, a qualquer momento, de tempos em tempos, em breve, hoje em dia.

[editar]4. Advérbios de Negação

não, tampouco (também não), nunca, jamais.
Locuções adverbiais de negação
de modo algum, de jeito nenhum, de forma nenhuma. e etc.

[editar]5. Advérbios de dúvida

acaso, casualmente, porventura, possivelmente, provavelmente, talvez, quiçá.
Locuções adverbiais de dúvida
por certo, quem sabe.

[editar]6. Advérbios de intensidade

assaz (bastante, suficientemente), bastante, demais, mais, menos, muito, quanto, quão, quase, tanto, pouco.
Locuções adverbiais de intensidade
em excesso, de todo, de muito, por completo, por demais.

[editar]7. Advérbios interrogativos

onde (lugar), quando (tempo), como (modo), por que (causa) etc.

[editar]8. Advérbios de afirmação

sim; certamente; realmente; decerto; efectivamente; etc.
Locuções adverbiais de afirmação
com certeza; com efeito; de fato; na verdade; sem dúvida; certo que; etc.

Oque é Biográfia?


Biografia (língua romana gregoβιογραφία , de βíος - bíos, vida e γράφειν – gráphein, escrever) é um gênero literário em que o autor narra a história da vida de uma pessoa ou de várias pessoas. De um modo geral as biografias contam a vida de alguém depois de sua morte, mas na atualidade isso vem mudando. Em certos casos a biografia inclui aspectos da obra dos biografados, como por exemplo Plutarco, em suas Bíoi parálleloi (Vidas paralelas), numa abordagem muitas vezes de um ponto de vista crítico e não apenas historiográfico. Em francês o termo biographie é documentado em1721; no inglês a palavra biography foi documentada em 1791 e na forma biographia já em 1683; em espanhol biografía e em português biografiaaparecem somente na segunda metade do século XIX.

Índice

 [esconder]

Biografia

A partir da obra de Plutarco Bíoi parálleloi, que fixa algumas diretrizes básicas do gênero, o mundo ocidental passa a conhecer figuras como PériclesLicurgoAlcibíadesTemístoclesJúlio César,PompeuCatão de ÚticaMarcus Junius Brutus dentre outros. A biografia, na maioria das vezes, de pessoas públicas como políticoscientistasesportistasescritores ou pessoas, que através de suas atividades deixaram uma importante contribuição para a sociedade. Quando o biografado (pessoa que está tendo a vida contada na biografia) é o próprio autor, chama-se autobiografia.

[editar]Antigo Oriente

Não se tem notícia de que o antigo Oriente houvesse conhecido o gênero biográfico, ao menos na maneira como ela é conhecida hoje em dia. As crônicas sobre os assírios e outros povos, bem como algumas inscrições em túmulos com dados referentes à existência dos mesmos, contêm sem dúvida, semente do gênero, mas não constituem verdadeiros documentos biográficos. O mesmo ocorre no Egito, onde se registram vestígios biográficos sobre faraóssacerdotes e outros personagens ilustres. As fontes mais remotas da arte da biografia devem ser buscadas no patrimônio documental e lendário que nos deixaram os relatos sobre episódios e acontecimentos comuns à vida dos patriarcas e reis de Israel (Antigo Testamento) e dos heróis épicos das antigas sagas gregasgermânicas ecélticas.
Outro tipo de biografia, embora ainda de natureza embrionária, surge dos ensinamentos de santos e sábios, encontrados nos livros proféticos da Bíblia, das sentenças e ditos de Buda, dos fragmentos antológicos de Confúcio e das palavras dos sete sábios da Grécia antiga, conservadas pela tradição doxográfica. Muitos exemplos também oferece a literatura medo-persa, com suas crônicas de reis. Na literatura islâmica há um surpreendente perfil biográfico de Maomé, de autor desconhecido, além de esboços já mais elaborados de vidas de califassultõesministroscientistasescritores ereligiosos do complexo mosaico da cultura muçulmana. Na Índia, onde os admiradores do gênero sempre juntaram o dado histórico às tradições mitológicas, são inúmeras as tentativas de perfis biográficos de alguns sultões mongóis que dominaram a região, em especial de Akbar.
China e Japão tampouco chegaram a definir com clareza as características do gênero biográfico. Na China, ele permaneceu restrito às informações de comentaristas e historiógrafos como Tso Ch’iu-mingKungyang e Kuliang, cujos ideais tradicionalistas ilustram o Livro da primavera e do outono. O conceito de biografia será apenas ampliado pelo grande historiador Ssu-ma Ch’ien (145-86 aC), mas tampouco este ultrapassou os limites do estudo monográfico, de caráter coletivo. Outra manifestação biográfica típica do universo cultural sino-nipônico é o grande número de necrológios sobre figuras importantes.

[editar]Período Clássico

Os dois primeiros grandes biógrafos da civilização ocidental são, sem dúvida, Tácito e Plutarco. Antecipam-nos, contudo, Platão e Xenofonte. Aquele, com sua Apologia Sokrátou (Apologia de Sócrates), traça um retrato antes filosófico do que biográfico do grande pensador ateniense, mas Xenofonte, nas Apomnemonéumata Sokrátou (Memórias de Sócrates), oferece visão bem diversa, mais realística, de Sócrates, em sua intimidade e vida cotidiana. Em várias outras obras, aliás, Xenofonte continuaria a ser biógrafo, como em Anábasis, que relata um episódio de sua própria vida, e na Kyropaideia. Ainda na Grécia, não devem ser esquecidos os trabalhos biográficos de Aristóxeno de Tarento (para alguns o criador da biografia literária), Dicearco de MessinaFlávio Filóstrato e, sobretudo, Diógenes Laércio (este, porém, já em pleno século III dC., posterior, portanto, a Tácito e Plutarco).
Em Roma, onde o interesse pelo indivíduo humano sempre constituiu traço característico das obras de escritores e historiógrafos, destacam-se as contribuições precursoras de ÁccioÁticoCornélio Nepos ou Nepote (De excellentibus ducibus; De historicis latinis - Sobre os historiadores romanos), Valério ProboPúblio Terêncio Varrão (De imaginibus – Retratos), com cerca de setecentas biografias de poetas gregos e romanos, em 15 volumes; De poetis – Sobre os poetasQuinto Cúrcio (autor de uma vida de Alexandre o Grande) e, acima de todos, Suetônio, com um modelo de biografia literária, De viris illustribus (Sobre os homens ilustres), e outro, de biografia política, De vita Caesarum (As Vidas dos imperadores), famoso pelos detalhes sinistros ou escabrosos das vidas dos tiranos.
Freqüentemente considerada a primeira biografia enquanto tal, De vita et moribus Julii Agricolae (ou simplesmente Agrícola, como é mais conhecida), de Tácito, data do ano 98 da nossa era. Trata-se de um elogio às virtudes de seu sogro.

[editar]Idade Média

O acervo biográfico medieval é particularmente rico em vidas de santosabadesheróis nacionais e senhores feudais (estes, aliás, encomendavam muitas vezes aos escribas da época que lhes redigissem a sua biografia ou a de seus antepassados ilustres). No domínio da hagiografia, a Antiguidade cristã deixou as numerosas Vitae sanctorum, às quais seguem, na Idade Média, os Actus beati FrancisciVite dei santi padriGesta archi-episcoporum MediolanensiumGesta Berengarii imperatorisGesta episcoporumGesta abbatum e outras tantas coleções hagiográficas. No que diz respeito aos textos profanos: Vita Conradi II, de Wipone (século XI); Vita Caroli Magni, de Einhard (séculos VIII – IX); Vita Ludovici regis (trata-se de Luís VI o Gordo), de Abade Suger de Saint-Denis(século XII); Histoire de saint Louis, de Jean de Joinville (séculos XIII – XIV); Annales rerum gestarum Alfredi Magni, de Johan Asser (século X). A famosa Legenda Áurea (Lenda áurea), de Jacopo de Voragine ou Varagine (século XIII), é uma coleção hagiográfica.
Cabe ainda mencionar, ao fim do período medieval, as contribuições biográficas de Francesco Petrarca, com De viris illustribus, e de Giovanni Boccaccio, autor de De claris mulieribus (Sobre as famosas mulheres) e de De casibus virorum illustrium (Sobre a vida de homens ilustres), obras que, apesar de seu espírito medieval, já incluem preocupações humanistas, devendo por isso ser consideradas como obras de transição. De Boccaccio, aliás, é muito mais importante para a evolução deste gênero a sua Vita di Dante, também conhecida como Trattatello in laude di Dante, que, de certa forma, dá início aos modernos métodos de análise psicológica.

[editar]Renascimento

O interesse da mentalidade renascentista pela personalidade humana, individualmente caracterizada, criou coleções biográficas nacionais e dicionários biográficos tanto nacionais como universais, que depois se tornariam muito populares durante o século XIX e mesmo até hoje. Tais obras foram favorecidas pela invenção da imprensa e seu número atinge soma bibliográfica espantosa. Os perfis individuais são bem menos numerosos. Na Itália destaca-se a Vita di Torquato Tasso, de Giuseppe de Manso, além de uma outra de Galileu Galilei, escrita por Vicenzo Viviani.
Na Inglaterra, não podem ficar sem registro The History of King Richard the Third (1557), de Thomas MoreLife of Cardinal Wolsey, de Thomas Cavendish, que permaneceu em manuscrito até 1641; eThe Life of Sir Thomas More, de William Roper, escrita por volta de 1558 – 1560 e que constitui um dos maiores textos biográficos do período Tudor.
Em Portugal, finalmente, publicou-se a Crônica do condestável D. Nuno Álvares Pereira, atribuída a Fernão Lopes.

[editar]Idade Moderna

Dominado pelas teses estéticas do Barroco e do Classicismo, o século XVII não assinala exemplos particularmente significativos da evolução do gênero biográfico, menos na Inglaterra. Um primeiro grande passo foi dado por Isaak Walton, que introduziu diversas modificações na técnica do relato biográfico, passando inclusive a incorporar cartas como fonte de informações no próprio texto de suas obras. Entre 1640 e 1678, Walton escreveu magníficas biografias dos chamados metaphysical poets (DonneHerbertHookerSanderson). Outro biógrafo de relevo é John Aubrey, autor de Brief lives (1669-1696Biografias breves); somente publicadas em 1898.
Na França, porém, dominam as memórias: Mémoires (1662-1677; só publicadas em 1717), do cardeal de Retz. Mas Brantôme escreveu uma série de Biographies (1665) e Jacques de Thou publicou uma Historia mei temporis (1604-1620História de minha época), de caráter nitidamente moralístico. No fim do século XVII, entra no gênero a crítica histórica, de caráter polêmico: exemplo dessa tendência é o Dictionnaire historique et critique (1694-1696), de Pierre Bayle, que exercerá influência decisiva sobre a crítica da religião no século XVIII.
Em Portugal, o primeiro modelo de uma biografia de espírito nacional é a Vida de D. João de Castro, de Jacinto Freire de Andrade.
século XX marca o advento de uma modalidade do gênero até então desconhecida ou pouquíssimo cultivada: a biografia romanceada, na qual o autor recria, ficcionalmente, o material documental e de pesquisa coletado sobre a vida dos biografados. Os mestres dessa nova corrente, que deve muito a Strachey, são Stefan Zweig e Emil Ludwig, na Alemanha, e André Maurois e Romain Rolland, naFrança.
literatura de língua portuguesa inclui alguns bons exemplos do gênero no século passado. Lúcio de Azevedo, autor de uma História do padre Antônio Vieira (1931, 2 volumes) e João Gaspar Simões, que responde por uma combatida mas fundamental Vida e obra de Fernando Pessoa (1950, 2 volumes).

[editar]Autobiografia

A autobiografia é a biografia escrita pela pessoa de quem a biografia fala, geralmente resulta de quando o autor procede ao levantamento de sua própria existência. O gênero da autobiografia inclui manifestações literárias semelhantes entre si, como confissõesmemórias e cartas, que revelam sentimentos íntimos e a experiência do autor. Na atualidade, quando vive-se a chamada era biográficaem que o interesse na vida cotidiana das pessoas comuns bem como das famosas cresceu enormememte, muitas pessoas conhecidas do grande público (as ditas celebridades) que desejam atender a essa demanda na forma de autobiografia, mas não tem habilidade literária, utilizam-se de um profissional Ghostwriter (traduzindo literalmente, escritor fantasma) que escreve a biografia em tom autobiográfico de modo que a autoria para a ser alegadamente da pessoa biografada. No entanto, autores consagrados escreveram suas biografias e deram consistência a esse ramo de atividade literária e, mais recentemente, acadêmica. Exemplos notáveis de autobiografias incluem: The Words de Jean Paul Sartre, os quatro volumes da autobiografia de Simone de Beauvoir, dentre outros.
Fato curioso na cultura sino-nipônica da Antiguidade é o número elevado de autobiografias, todas, porém com poucas indicações biográficas e surpreendentemente farto material bibliográfico, traço esse mais característico das literaturas coreana e japonesa. Vale a pena citar, dentro do contexto literário da Antiguidade clássica, duas obras da natureza confessional ou apologética, espécie de autobiografias parciais: uma de índole filosófica, o Ta eis heautón, do imperador e pensador estóico Marco Aurélio; outras, de tendência política, os Commentarii, de Júlio César, que abrangem o De bello gallico e o De bello civili.
É no início da Idade Média que surge o primeiro grande modelo de obra autobiográfica, as Confessiones (Confissões) de santo Agostinho (século IV), que, por sua introspecção psicológica e antevisãoexistencialista, permanecem vivas até hoje, tendo exercido profunda influência sobre filósofos como Pascal e Kierkegaard ou escritores como Rousseau. Temos ainda Paulino de Pella (séculos IV –V), que escreveu Eucharisticos de vita sua.
literatura italiana dá também um notável exemplo de autobiografia no Renascimento com a pouca fidedigna, mas vivíssima, Vita di Benvenuto Cellini, escrita pelo grande escultor em 1558, mas somente publicada quase dois séculos depois, em 1728.
literatura russa dá notável exemplo de ensaio autobiográfico com a obra do arcipreste AvvakumZhitie protopopa Avvakuma (1673Vida de protopopo Avvakum), em estilo vigoroso e realista. NaInglaterra do século XVIIIGibbon escreveria aquela que é considerada por alguns a melhor das autobiografias lançadas até hoje em língua inglesaMemoirs of my life and writings, publicadas por sua filha Marie Josephe em 1795.
literatura norte-americana assinala sua contribuição para o gênero através da Autobiography (1766), de Benjamin Franklin. Na Itália, as autobiografias de Carlo Goldoni (Mémoires – 1787, escritas originalmente em francês) e a de Carlo Gozzi (Memorie inutili - 1797) são dignas de menção. A obra-prima do gênero autobiográfico são Les Conféssion (1781-1788), de Jean-Jacques Rousseau, que, filiado à linha intimista e subjetiva, se insurge contra a raison classicista e antecipa a mentalidade romântica do século XIX.
No Brasil, no plano autobiográfico um dos iniciadores foi Joaquim Nabuco com o clássico Minha Formação. No século passado , vale lembrar de Graciliano Ramos (Infância – 1945), Oswald de Andrade (Sob as ordens de mamãe – 1954), Helena Morley (Minha vida de menina – 1952), Afonso Arinos de Melo Franco (A Alma do Tempo, Formação e mocidade – 1961A Escalada – 1952 e Planalto (1968)e Pedro Nava (Baú de ossos – 1972) com clara influência proustiana.

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